Condomínios discutem ações de combate à dengue em parceira com Prefeitura de Goiânia

Representantes do Sindicato das Imobiliárias e Condomínios do Estado de Goiás (SecoviGoiás) propuseram em evento que ocorreu na sexta-feira (9), na sede do Ministério Público de Goiás (MPGO), ações em conjunto entre o poder público e a população para o combate ao Aedes Egypti, mosquito transmissor da dengue.

Participaram do encontro representantes administrativos de condomínios habitacionais em geral e responsáveis técnicos da Diretoria de Vigilância em Zoonoses do município à frente das campanhas de combate à dengue em Goiás.
Dentre as ações foram propostos dispositivos que funcionam como armadilhas para o mosquito, recentemente adquiridos pelo município para maior efetividade no combate à proliferação do mosquito. E ainda estão sendo realizadas fiscalizações em imóveis abandonados e casas residenciais, sobretudo, em condomínios horizontais.

O presidente do SecoviGoiás, Antônio Carlos da Costa, destaca a importância da ação conjunta, especialmente envolvendo condomínios horizontais que possuem estrutura organizada. Segundo Antônio, foram apresentadas tecnologia aliadas no combate, incluindo a soltura de mosquitos do bem e armadilhas.

“As ações incluem campanhas de vacinação e a utilização da tecnologia para conectar hospitais e vigilância sanitária, permitindo a detecção em tempo real de focos para ações imediatas. Essa mobilização é crucial para evitar uma epidemia em larga escala”, avalia o presidente do SecoviGoiás.

Antônio Carlos lembra ainda que o SecoviGoiás já participou ativamente de campanhas de combate ao mosquito da dengue e em outras ações na área de saúde pública em anos anteriores. “Nossa organização condiciona contribuir com sucesso na mobilização de seus associados para desenvolver ações nos condomínios”, concluiu.

Aedes do Bem

Marcos César Monteiro é representante exclusivo da Oxitec em Goiás, idealizadora do Aedes do Bem e explica que a empresa desenvolveu uma tecnologia sustentável e totalmente tecnológica para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, zika, chikungunya e febre amarela.

De acordo com Marcos, o Aedes do Bem utiliza modificações genéticas, em que o mosquito macho busca a fêmea para reprodução, tornando-a autolimitante e incapaz de transmitir o vírus. “Estamos falando de uma abordagem que oferece uma proteção de até 97% e ainda, ambientalmente segura. É uma ótima estratégia para o combate à dengue, que hoje é certamente um dos maiores problemas enfrentados pela saúde em nosso estado”, afirma o responsável pelo Aedes do Bem.

Armadilha

Gerente de controle de animais sinantrópicos (animais silvestres que conseguem se adaptar a viver junto ao homem) da Suvig, Wellington Tristão, representou a saúde municipal no evento e destacou a aquisição da prefeitura de Goiânia das armadilhas para o mosquito. Hoje são mais de 3 mil equipamentos já estão espalhados em bairros específicos da capital (onde há mais focos) e que outros 8 mil equipamentos devem passar a ser usados em breve. Cada aparelho consegue cobrir um raio de 400 metros.

Segundo Tristão, o uso das armadilhas despertou a atenção dos síndicos presentes, que mostraram interesse em adquirir o equipamento, que custa em torno de R$ 300,00 e é vendido por uma empresa de São Paulo. “É preciso uma mobilização em grande escala, uma ação conjugada. Temos registrado muitos focos do mosquito nos condomínios horizontais. Por isso, precisamos da adesão de todos no sentido combater o transmissor da dengue, Zika e Chicungunya”, avalia.