O Brasil bateu o recorde de doações de órgãos no primeiro semestre deste ano. Entre janeiro e junho, o país registrou uma média de 19,2 doadores por milhão de habitantes, segundo divulgado no final de agosto pela Associação Brasileira de Doação de Órgãos (ABTO). A quantidade de recusa das famílias, porém, aumentou em relação aos últimos anos. Pela legislação brasileira, a doação só acontece se o paciente tiver o diagnóstico de morte cerebral e a família autorizar o procedimento.
No primeiro semestre, em todo o país, foram identificados 6.793 pacientes como potenciais doadores, mas apenas cerca de 30% foram de fato realizados. Em 1.684, a doação não ocorreu porque a família não autorizou o procedimento. Entre janeiro e junho do ano passado, houve 1.608 recusas. Em 2021, 1.113, enquanto em 2019, antes da pandemia, eram 1.302. Atualmente, a lista de espera para o transplante de órgãos é de 57.343 pessoas ativas. A maioria, mais de 31 mil, precisa de um rim. Outras 1.343 estão à espera de fígado; 303, de coração; 146, de pulmão; e 23.729, de córnea.
27 de setembro é o Dia Nacional da Doação de Órgãos e para chamar atenção para a causa o Liver – Instituto do Fígado realiza uma ação gratuita, das 13h às 17h, no hall entre as recepções do centro clínico do Órion Complex, no Setor Marista. As pessoas que passarem pelo local receberão informações e poderão esclarecer dúvidas sobre o tema. Além disso, às 12h, acontece uma live sobre o assunto no perfil @orioncomplex.
Hoje em Goiás são realizados transplantes de fígado, rins, pâncreas e medula óssea. “Como hepatologista, trabalho há seis anos com transplante de fígado em Goiás. Já realizamos mais de 45 transplantes desse órgão e além desses, o estado também realiza transplante de outros órgãos, incluindo o renal, os quais já realizaram mais de 500 transplantes”, conta a hepatologista Patrícia Borges, CEO do Liver. “A importância do setembro verde baseia-se na conscientização das pessoas em se declararem doadoras de órgãos, pois isso poderá salvar a vida de milhares de pessoas que se encontram em filas de espera em todo o Brasil”, salienta ela.