Pré-candidata a prefeita, a deputada federal Adriana Accorsi diz que um dos principais eixos de seu plano de governo trata de políticas públicas para as mulheres. Até o momento já foram delineadas 56 propostas nesse sentido na plataforma do plano de governo.
“Queremos uma cidade justa, inclusiva e de oportunidades iguais para mulheres e homens. Não há democracia sem a participação efetiva das mulheres”, diz Adriana.
O plano pode receber sugestões populares que são revisadas e incorporadas.
Uma das preocupações da pré-candidata, que é delegada de polícia há quase 25 anos, tendo se notabilizado como delegada de Proteção à Criança e ao Adolescente e tendo sido a primeira mulher a chefiar a Polícia Civil no estado, é proteger e acolher as mulheres vítimas de violência.
O plano inclui a prevenção à violência contra as mulheres em várias situações como em casa, no trabalho, na rua, no transporte público. Aponta ações de zeladoria como a melhoria da iluminação da cidade e limpeza dos matagais e terrenos baldios, por exemplo.
Ainda indica a criação de um centro de referência com psicóloga, advogada, sistema social e de acolhimento para atender as mulheres. “Vamos abraçar a mulher vítima de violência, levar ela para a delegacia, para o IML, conversar com a delegada e vamos conseguir um abrigo para as mulheres ameaçadas com seus filhos, protegidas pelas guardas civis metropolitanas, um abrigo que nós não temos em Goiânia”, diz.
Educação e saúde
A educação e a saúde são outras áreas em que é preciso intervenção imediata com políticas direcionadas ao bem-estar da mulher, segundo Accorsi.
“Numa cidade onde a maioria das mulheres são chefes de família, temos milhares de mães que precisam trabalhar, mas são impedidas porque faltam vagas para 10 mil crianças nos CEMEIs. Vamos resolver isso”, destaca.
Além de garantir vagas nos CMEIs, Adriana Accorsi entende que é preciso diminuir os índices de mortalidade materna e infantil e resolver a crise das maternidades, que levou gestantes da capital pela primeira vez na história a procurarem as cidades vizinhas para os partos e pré-natal. Além disso, segundo ela, faltam pediatras nas unidades de saúde. Melhorar a gestão da saúde como um todo inclui a convocação de todos dos concursados.
Emprego e renda
“Nós vamos ter programas sociais fortes nessa cidade, para isso precisamos de ter renda, portanto vamos incrementar a área de eventos, uma antiga vocação de Goiânia, e apoiar a divulgação da 44, o segundo maior pólo de vestuário do Brasil”, diz a pré-candidata.
Segundo ela, as milhares de mulheres que trabalham na 44 e em outras regiões da cidade serão incentivadas com qualificação profissional e linhas de crédito exclusivas no Banco do Povo, que será recriado em sua gestão.
Ela também vai fomentar o cooperativismo e a economia solidária.
“Estive lá na associação da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB-GO) discutindo como fomentar as cooperativas de mulheres que trabalham com artesanato, costureiras, agricultura familiar. Vamos gerar muito emprego e renda para toda a população de Goiânia”, pontuou.
Olhar feminino
A abordagem do plano de governo de Adriana Accorsi parte das crises emergenciais na educação infantil, na gestão dos equipamentos de saúde, Comurg, coleta e gestão de resíduos sólidos, drenagem pluvial, alagamentos, enchentes e assistência social.
As diretrizes foram definidas a partir de um olhar feminino sobre a cidade (que evoca a própria pré-candidata) para a construção de um projeto que visa uma Goiânia mais humana, solidária, responsável e ética, com base na justiça e igualdade social e na conservação e recuperação ambiental, na garantia de direitos à educação, à saúde, à alimentação, ao trabalho, à moradia, ao transporte, lazer, segurança e previdência social, na proteção à maternidade e à infância, na assistência aos desamparados, na valorização dos profissionais do serviço público, no cuidado com a cidade e a infraestrutura pública, no planejamento e distribuição de equipamentos públicos pela cidade, na construção de centralidades e benefícios a todas as regiões, na retomada dos processos de participação popular, na conexão com os programas nacionais de políticas públicas e na retomada das boas iniciativas produzidas pelos antecessores para consolidar políticas de Estado.
Para Adriana, que se aflige com a situação de abandono em que a cidade se encontra, a solução é a união de todos que amam Goiânia.
“Vamos juntos, de mãos dadas trabalhar para fazer a nossa cidade voltar a sorrir, voltar a ser feliz. Pois quem ama, cuida. E cuidar da nossa cidade é cuidar da nossa gente”, propõe.