CDL Goiânia diz que haverá impactos negativos se estacionamento for proibido em vias arteriais em Goiânia

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL Goiânia) manifestou preocupação com a decisão da Prefeitura de eliminar vagas de estacionamento em vias arteriais da capital, como as Avenidas Anhanguera e Castelo Branco, para a implantação de uma terceira faixa de circulação de veículos. Embora a entidade apoie medidas que visem melhorar a fluidez do trânsito e a mobilidade urbana, considera inaceitável que tal iniciativa seja implementada sem um planejamento adequado que leve em conta os impactos no setor comercial e na economia local.

Segundo a entidade, a  retirada das vagas de estacionamento nessas importantes regiões comerciais afetará o fluxo de consumidores, desestimulando o consumo, reduzindo as vendas e colocando em risco a sobrevivência de centenas de estabelecimentos. A CDL Goiânia alerta que o comércio de rua já enfrenta uma séria perda de clientes, especialmente no Centro e no bairro de Campinas, e essa medida irrefletida poderá acelerar ainda mais tal declínio. Sem opções acessíveis de estacionamento, o consumidor tende a buscar outras alternativas, como shoppings e comércios em regiões com melhor infraestrutura, agravando ainda mais a crise enfrentada pelos lojistas.

A CDL Goiânia defende que a administração municipal mantenha um canal aberto de diálogo com as entidades do setor varejista antes de adotar medidas de tamanha envergadura. Qualquer decisão que impacte diretamente a economia da cidade precisa ser debatida amplamente e contar com soluções alternativas que minimizem os prejuízos.

A entidade reforça a necessidade de um estudo aprofundado sobre a questão do estacionamento na cidade que inclua um projeto amplo e moderno, similar ao que tem sido adotado em outras capitais do Brasil. A solução, na visão da entidade, não pode ser simplesmente a retirada das vagas sem um plano estruturado para substituí-las.