Dia Mundial de Combate à Asma, uma das doenças respiratórias crônicas mais comuns

Nesta terça-feira (03/05) é celebrado o Dia Mundial de Combate à Asma, considerada uma das doenças respiratórias crônicas mais comuns, de acordo com o Ministério da Saúde. Ela pode ser gerada ou agravada por fatores genéticos, como histórico familiar da doença, rinite ou obesidade, ou ambientais, como poeira, barata, ácaros e fungos, mudanças no clima e infecções por vírus, sobretudo o vírus sincicial respiratório e o rinovírus, que são os principais causadores de pneumonias e resfriados.

“Os avanços da medicina permitem que se conheçam melhor a doença e os mecanismos que envolvem a também conhecida como ‘bronquite asmática’ ou ‘bronquite alérgica’, que acomete os pulmões e causa uma inflamação crônica dos brônquios”, isso, permitiu o surgimento de novos medicamentos e tratamentos para a doença crônica que merece muita atenção e cuidado”, explica o pneumologista do Hospital Brasília Unidade Águas Claras e integrante do Núcleo de Assistência Ventilatória (Nuav) da unidade, Dr. Thiago Fuscaldi.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia asma causa os seguintes sintomas:

– falta de ar ou dificuldade para respirar;
– sensação de aperto no peito ou peito pesado;
– chio ou chiado no peito;
– tosse.

Os principais gatilhos da asma são:

– ÁCAROS – organismos microscópicos que se alimentam de descamação da pele humana, de pêlos de animais e também do mofo. Os ácaros habitam locais onde há acúmulo de poeira como: colchões e travesseiros, carpetes, bichos de pelúcia, estantes, papéis e até animais de pêlo. Os ácaros e seus excrementos pioram a asma por aumentar a inflamação dos brônquios.

– FUNGOS – micro-organismos que crescem a uma temperatura  acima  de 37ºC e umidade acima de 50%. Estes são encontrados  no fim do verão e no outono, estações em que predominam ventos quentes. Casas escuras, úmidas e mal ventiladas são ideais para o crescimento dos fungos. Dentro das casas os fungos podem crescer no sistema de ar condicionado, paredes de banheiros, fendas de superfícies. Misturam-se com a poeira dos carpetes, colchas, livros e refrigeradores. Também pioram a asma por aumentar a inflamação dos brônquios.

– PÓLENS – são gatilhos comuns (flores, gramas, árvores) que predominam fora de casa sendo carregados pelo vento. A polinização se dá  após uma chuva prolongada, seguida de um clima seco sendo comum na primavera. Os pólens também pioram a asma por aumentar a inflamação dos brônquios.

– ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO –  os pêlos de animais podem piorar a asma, mas o grau e a frequência da exposição é que determinarão os sintomas. Além dos pêlos, a descamação da pele do animal, a saliva, a urina e outros tipos de excreções podem ser gatilhos da asma e essas podem ficar no ambiente por até seis meses após a retirada do animal. Alguns animais são considerados capazes de provocar alergias mais do que outros, tais como gatos e cavalos.

– FEZES DE BARATA – exposição a fezes pode provocar sintomas de asma. Piora por aumento da inflamação dos brônquios.

– INFECÇÕES VIRAIS – algumas infecções virais são capazes de causar sintomas de asma ou de piorará-la e entre eles o vírus da gripe e do resfriado comum. Alguns asmáticos são mais sensíveis do que outros.

– FUMAÇA DE CIGARRO – a fumaça do cigarro é prejudicial aos asmáticos, mesmo se o doente não fumar. Asmáticos filhos de pais fumantes estão sujeitos a piora dos sintomas e da própria gravidade da asma. A fumaça do cigarro, além de aumentar os sintomas também pode aumentar a inflamação dos brônquios.

– POLUIÇÃO AMBIENTAL – a exposição à poluição do ambiente em geral e poluição do ambiente de trabalho também pode piorar a asma.

– EXPOSIÇÃO AO AR FRIO – Ar muito frio e seco pode desencadear sintomas de asma por irritar os brônquios do asmático. Contudo, esse ar tem que ser muito frio, como o que ocorre nos invernos.