Enfermeiras e técnicas do Hospital da Mulher de Vilar dos Teles, em São João de Meriti, gravaram o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra estuprando uma grávida durante uma cesariana na madrugada desta segunda-feira (11) na unidade, na Baixada Fluminense. O vídeo serviu de prova para a prisão em flagrante de Giovanni.
As funcionárias vinham desconfiando do comportamento do anestesista e estranhavam, por exemplo, a quantidade de sedativo aplicado nas grávidas.
As enfermeiras e técnicas responsáveis pelo flagrante contaram que, no domingo (10), o médico já tinha participado de outras duas cirurgias em salas onde a gravação escondida era inviável.
O flagrante
No vídeo do flagrante, a paciente está deitada na maca, inconsciente. Do lado esquerdo do lençol, a equipe cirúrgica do hospital começa a cesariana. Enquanto isso, do lado direito do lençol, a menos de um metro de distância dos colegas, Giovanni abre o zíper da calça, puxa o pênis para fora e o introduz na boca da grávida.
A violência dura 10 minutos. Enquanto abusa da gestante, o anestesista tenta se movimentar pouco para que ninguém na sala perceba. Quando termina, pega um lenço de papel e limpa a vítima para esconder os vestígios do crime.
A prisão
A prisão foi feita pela delegada Bárbara Lomba, da Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti, após funcionários da unidade de saúde filmarem o anestesista colocando o pênis na boca de uma paciente quando Bezerra participava do parto dela.
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu um processo para investigar o caso e tomar medidas administrativas.
A equipe vinha desconfiando do comportamento do anestesista e estranhava, por exemplo, a quantidade de sedativo aplicado nas grávidas. Funcionárias do hospital trocaram a sala de parto para conseguir filmar o flagrante.
Giovanni foi indiciado por estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos de reclusão.
Com informações do G1