A segunda fase, após a seleção, é a do recebimento do perfil dos riscos climáticos do município, feito pelos organizadores do projeto em parceria com os técnicos das prefeituras. Além disso, Goiânia também receberá um perfil de emissões de GEE; uma lista de ações de alto impacto de acordo com o perfil da cidade; uma ação detalhada de mitigação e uma de adaptação (incluindo descrição, estimativa de custo, cronograma, métricas de monitoramento e contribuições para os ODSs, NDC e Estratégia Nacional de Adaptação); treinamentos, ferramentas e suporte técnico para melhor assimilação dos dados recebidos. Em contrapartida, o município de Goiânia indicará dois pontos focais para acompanhar o programa e participará de todas as reuniões, oficinas virtuais e atividades promovidas, adaptando as diretrizes à realidade local e enviando feedbacks aos organizadores. “Adaptação é a preparação das cidades para as mudanças climáticas, e nesse sentido já estamos à frente, pois desde o início de 2025 estamos criando o projeto das Zonas de Desenvolvimento Sustentável, que certamente ganhará ainda mais peso agora; e mitigação é a implementação de medidas que diminuem a emissão dos gases de efeito estufa”, explicou o gerente de Formulação de Educação, Política e Mudanças Ambientais da Amma, Pedro Baima.
Na terceira fase, o governo brasileiro intermediará o diálogo entre a Prefeitura de Goiânia e os bancos mundiais que buscam investir em iniciativas de preservação ambiental, como Banco Mundial, Fundo de Investimentos, Banco do Brics, entre outros. Para o gerente de Mudanças Climáticas da Amma, Gabriel Tenaglia, a participação de Goiânia nesse programa insere a capital nas discussões nacionais sobre a importância de construirmos cidades mais resilientes. Além disso, estar entre as 50 cidades selecionadas na primeira etapa do programa demonstra que os projetos desenvolvidos pela Amma estão alinhados com as melhores práticas sustentáveis e resilientes adotadas no Brasil e no mundo.
Programa Cidades Modelos Verdes Resilientes
O programa Cidades Modelos Verdes Resilientes é uma iniciativa do Joint Program, uma colaboração conjunta da C40 Cities Climate Leadership Group e do Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e a Energia (GCoM), financiada pela Bloomberg Philanthropies. O projeto também conta com o apoio de parceiros estratégicos como o CDP e a Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos. Ele conta ainda com o apoio do Governo Federal Brasileiro, por meio do Programa Cidades Verdes Resilientes (PCVR), que integra o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o Ministério das Cidades, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e o Conselho da Federação. O PCVR visa fortalecer a qualidade ambiental, a resiliência urbana e a integração de políticas urbanas, ambientais e climáticas em cidades brasileiras, além de promover práticas sustentáveis e valorizar os serviços ecossistêmicos do verde urbano.
A integração interministerial e multinível exemplifica também o que o CHAMP (Coalizão para Parcerias Multiníveis de Alta Ambição) busca alcançar. O CHAMP, uma iniciativa lançada durante a COP28, visa fortalecer a colaboração entre os governos nacionais e subnacionais na implementação e monitoramento de estratégias climáticas, com o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5°C e reduzir as emissões até 2030. A abordagem facilita a implementação das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e da Estratégia Nacional de Adaptação no governo local, promovendo um trabalho coordenado para aumentar a ambição climática e construir resiliência.
Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) – Prefeitura de Goiânia