A Polícia prendeu, neste domingo (30/03), uma mãe suspeita de tentar vender sua filha recém-nascida, de apenas 28 dias, para uma empresária dona de uma sorveteria no Parque João Braz, em Goiânia.
De acordo com o delegado Humberto Teófilo, além das duas mulheres, também foram presos o esposo da empresária, que registrou a criança como filha, e uma funcionária do casal. Os quatro foram detidos em flagrante pelo crime de tráfico de pessoas.
Segundo o delegado, a mãe da bebê pretendia usar o dinheiro para comprar um curso de culinária e pagar o aluguel. “Essa mulher veio do Maranhão e deu à luz a essa bebê aqui em Goiânia. Ela estava com depressão pós-parto e resolveu, junto com seu companheiro, vender e entregar a bebê para outra pessoa. A mãe iria receber um valor para investir em um curso de culinária, pagar o aluguel e, como ela mesma disse, comprar alguns mimos”, relatou Humberto Teófilo.
A investigação revelou ainda que a funcionária da empresária participou da negociação. Em mensagens enviadas por aplicativo, a empresária teria solicitado: “Arruma uma ‘buchuda’ para me dar o filho. Se for menino, melhor ainda. Se for preto, então, melhor ainda”, disse a suspeita.
Embora a empresária esteja cadastrada no Banco Nacional de Cadastro de Adoção, o delegado explicou que ela não seguiu os trâmites legais para adoção e não entrou na fila oficial.
Ainda segundo a Polícia, o valor combinado pela compra da criança não chegou a ser transferido, mas a mãe confirmou que receberia o pagamento.
Os quatro suspeitos permanecem presos e devem passar por audiência de custódia nesta segunda-feira (31/03). A criança foi encaminhada ao Conselho Tutelar e será levada para um abrigo.
