Divino Eterno Carmona de Araújo, conhecido como Dino na cidade de Inhumas (GO) tem 44 anos, e nasceu quando a mãe dele estava com 7 meses de gestação.
“Minha mãe teve uma certa dificuldade no parto e os médicos me tiraram com um ferro, graças a medicina esse procedimento não existe mais, pois parto complicado causou minha deficiência. Foi no momento de aflição e de dor, que minha mãe pediu força ao Divino Pai Eterno e fez a promessa de colocar meu nome em homenagem à ele, pela força que deu a ela no momento do parto”, conta Dino.
Ele conta que teve uma infância muito difícil porque não conseguia andar, apenas rastejava e a família não tinha condições de comprar uma cadeira de rodas, por esse motivo, contava com a ajuda e bondade das pessoas para se locomover.
“Contei muito com os amigos que me carregavam no ombro, nas costas para a escola e tive vários colegas que se dispuseram me encarregar no pescoço”, relata.
Dino ressalta que teve a primeira cadeira de rodas com 6 anos e também ganhou uma muleta de um fazendeiro para o qual a irmã dele trabalhava.
“Passei a ter mais independência e com 12 anos comecei a andar. Meu padrinho Ademar foi até minha casa e falou pra minha mãe de tentarmos fazer a cirurgia que ele bancaria. Ele me levou até o hospital, fiz vários exames e os médicos falaram que tinha grande possibilidade de estar andando. Foram realizadas 8 cirurgias, o que me possibilitou a começar a andar, com 12 anos de idade”, afirma.
Ele conta que faz a caminhada para Trindade há 8 anos e mesmo com as dificuldades sempre chega, graças a fé que ele aprendeu a ter com a mãe. “Com fé no Divino pai eterno, a gente sempre chega lá. Minha mãe sempre falou não tenha limites na sua vida, mas tenha fé”, destaca.