A Arte Plena Casa Galeria recebe, a partir do próximo dia 14, exposição itinerante do artista Azol, com o título de O Sertão Virou Mar. A individual faz parte da programação comemorativa de 15 anos da Arte Plena, que há quatro anos tem como endereço o Setor Sul, em Goiânia.
O Sertão Virou Mar é a mais recente exposição de Azol, artista visual potiguar radicado em SP com formação em Cinema e Artes Gráficas. A série, de curadoria de Marcus Lontra, é o resultado de uma década de pesquisa e imersão no universo do sertão nordestino, na qual apresenta um novo olhar sobre a região com fotomontagens digitais, pinturas, instalação e videoarte.
A representação do sertão de Azol é mais do que um conjunto de imagens de ambientes de uma região geográfica. É, na realidade, a convocação do artista para o observador embarcar numa jornada poética e mergulhar num estado de espírito de sublimação. “Há um sertão que habita a alma de todos nós, que recupera memórias, que descobre verdades e mentiras jamais vividas nesse território da fantasia”, segundo Marcus Lontra.
O mar é uma metáfora utópica para a criação de um sertão mágico, surreal, espantoso, que é o contraponto à sua realidade. As fotografias produzidas apresentam fragmentos do real com múltiplos significados e sentimentos. A rudeza e aspereza do sertão se transmutam em novas realidades, aquelas que, em nosso inconsciente, as chuvas poderiam revelar: abundância, esperança, fertilidade. O mar é água, é a força transformadora do sertão; nos convoca à construção de uma possível existência.
O horizonte que se estende na fronteira entre a ficção e a realidade, explora situações que provocam a distorção dos cenários, gerando representações excêntricas que ampliam as percepções. As diferentes leis que regem esse mundo novo são aceitas pelos olhos da realidade óbvia do ser humano, convidando o espectador a explorar suas próprias fantasias e sonhos.
Esse é o sertão transfigurado; essa é a revelação da misteriosa riqueza dessa paisagem repleta de surpresas e mistérios. Essa é a reunião de um conjunto de obras elegantes e precisas com as quais o artista constrói uma exposição sensível que amplia o olhar regional para se afirmar numa linguagem sofisticada a revelar todos os sertões que permanecem em nossa mente e em nosso coração.

Sobre Azol

Artista Visual formado em Cinema e Artes Gráficas nos Estados Unidos, Azol dirigiu curtas-metragens e produziu programas para canais da TV brasileira como Manchete, Bandeirantes e Globo.
Trabalha em caráter multidisciplinar, visando criar um diálogo com outras formas de expressão artística para fomentar um pensamento poético e sensível às questões que movem o espírito e o fazer artístico. Produz trabalhos em pintura, escultura, colagem, mural, videoarte, literatura e fotografia. Em 2017, entrou para o grupo de estudos de arte no ateliê do pintor Sérgio Fingermann, com o intuito de aprofundar suas pesquisas nas diversas linguagens com as quais atua.
Em setembro de 2021, iniciou uma jornada de exposições individuais pelo Brasil intitulada “O Sertão Virou Mar”, com a curadoria de Marcus Lontra, iniciando pelo Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro, na qual seguiu com a itinerância para o Centro Cultural Cais do Sertão (Recife), Sobrado Dr. José Lourenço – SECULT-CE (Fortaleza) e na Pinacoteca Potiguar (Natal).
A exposição “O Sertão Virou Mar” foi premiada como a melhor exposição de 2022 pela Cultura RN.
Azol tem obras nos acervos do Centro Cultural Correios (RJ), na Pinacoteca Potiguar (RN), na Prefeitura de Natal (FUNCARTE) e no Sistema FIERN (Federação da Indústria e Comércio do RN).

SERVIÇO:
Exposição Individual
O SERTÃO VIROU MAR
Artista: AZOL
Curadoria: Marcus Lontra
Local: Arte Plena Casa Galeria
Rua 89, 546, Setor Sul, Goiânia-GO (info: 62 98414-9617)
Abertura: 14/JUNHO/2023 – das 19 às 22h
Visitação: 15/JUNHO/2023 a 22/JULHO/2023 – 10 às 19 h (visitas com agendamento)
ENTRADA FRANCA