O Setembro Amarelo é um convite para cuidarmos de nós mesmos e estarmos atentos àqueles que precisam de apoio. No mês dedicado à conscientização sobre a prevenção ao suicídio, o psicanalista Elias Silva, alerta que o maior desafio em abordar esse tema é o tabu ainda existente, que dificulta o diálogo sobre saúde mental. Elias Silva enfatiza a importância de falarmos abertamente sobre a necessidade de pedir ajuda, especialmente em ambientes como escolas, trabalho e no convívio familiar. “Você não é fraco por precisar de ajuda. Existem muitos caminhos possíveis, e o mais importante é que você não precisa passar por isso sozinho.”
Elias alerta que muitas vezes, quem está em crise tende ao isolamento. Nesse contexto, é crucial que as pessoas próximas fiquem atentas, oferecendo ajuda e encaminhando para apoio profissional. “A vida sempre será a melhor escolha, e com o auxílio correto, o caminho fica menos doloroso e angustiante.”
O psicanalista reforça a importância de uma escuta ativa e sem julgamentos, além da necessidade de encaminhar quem precisa a profissionais capacitados. O suicídio, além de ser um grave problema de saúde pública, também é uma questão relacional, onde o apoio de pessoas próximas pode fazer toda a diferença.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio foi a quarta maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos em 2021, superando doenças como HIV, malária e câncer de mama. No Brasil, o Ministério da Saúde aponta um aumento preocupante nas taxas de mortalidade entre adolescentes: 49,3% para a faixa etária de 15 a 19 anos e 45% para adolescentes de 10 a 14 anos entre 2016 e 2021.
Esses números ressaltam a urgência de agir. “Acima de tudo, devemos nos comprometer a cuidar uns dos outros e oferecer a ajuda necessária”, alerta Elias Silva. Ele reforça que, com apoio, é possível enfrentar as situações mais desafiadoras e enxergar as inúmeras possibilidades que a vida oferece.
