A Polícia Civil prendeu Daniel Alexandrino, irmão do ex-secretário da Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, suspeito de desvio de dinheiro em organização social durante a pandemia

 

Na manhã desta quinta-feira (26/01), a Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap), realizou a operação “Sinusal”, que visa combater fraudes contratuais supostamente praticadas por empresa e Organização Social que atuam na prestação de serviços no âmbito da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás.

Um informação confirmada pelo repórter da TV Anhanguera Honório Jacometto, relata que Daniel Alexandrino, irmão do ex-secretário Saúde, Ismael Alexandrino foi preso na operação, suspeito de desvio de dinheiro em OS durante a pandemia.

A Polícia cumpriu três mandados de prisão temporária, 17 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio e sequestro de bens.

De acordo com a PC, a investigação teve início após o recebimento de informações da Superintendência de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado (SCCCOR/SSP/GO) sobre irregularidades na execução de contratos de gestão celebrados entre a Secretaria de Saúde e uma organização social, a qual teria subcontratado (terceirizado) a empresa específica para prestação de serviços médicos em hospitais geridas por essa OS.

Segundo a PC, a organização social em questão é responsável por gerir cinco unidades hospitalares em Goiás e teria direcionado ao menos 11 subcontratações à empresa investigada, por meio de processos de contratações simulados.

A Polícia afirma que os valores dos contratos firmados entre a organização social de saúde e a empresa supera R$ 10 milhões. Ao celebrar contratos de gestão com o Estado e receber verba pública, a organização social deve obedecer os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, além de estar sujeita aos mecanismos de controle da administração pública.

Os crimes em apuração pela PCGO até o momento são de organização criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso, advocacia administrativa e de lavagem de dinheiro. A operação recebeu o nome de “Sinusal”, em referência a uma cirurgia médica usada para desobstrução e limpeza.

 

RESPOSTA SES-GO

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás informa que a ação deflagrada nesta quinta-feira (26/1) é reflexo do trabalho de uma força-tarefa instalada na SES-GO por determinação do governador Ronaldo Caiado, com participação da Controladoria-Geral do Estado, antes da atual gestão da secretaria. A pasta ressalta que a investigação está na esfera da Polícia Civil de Goiás, com a qual a SES firmou um convênio de cooperação, concedendo à polícia acesso a qualquer dado necessário. O Governo de Goiás não admite eventuais desvios dentro da gestão pública e seus mecanismos de controle trabalham de forma permanente para coibir e investigar qualquer indício de irregularidade.

Secretaria de Estado da Saúde de Goiás