Especialista alerta para os cuidados com a ‘doença do verão’ nos pets: a dirofilariose

Durante o verão, existe uma crescente preocupação entre os tutores de animais de estimação é a dirofilariose, uma condição ainda pouco compreendida que afeta cães e gatos, sendo transmitida por mosquitos. Diferentes espécies de mosquito podem carregar as larvas do parasita, inclusive o Aedes aegypti — o famoso mosquito da dengue — e Culex. 

 De acordo com Juliana Dias Martins, coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, a enfermidade também é conhecida como “verme do coração”, e é causada pelo parasita nematoide Dirofilaria immitis, esse verme, comprido e fino, se parece com uma lombriga, mas sua atuação é muito diferente, predominantemente transmitido por mosquitos contaminados. O verme se aloja em diferentes órgãos, como pulmão e coração, motivo pelo qual é conhecido como “verme do coração”. Apesar da enfermidade ser mais prevalente em áreas de clima quente, ela pode ocorrer em qualquer local com presença de mosquitos, sendo mais comum durante o verão. 

 

“Os sintomas da dirofilariose podem apresentar uma gama variada, desde dificuldades respiratórias até letargia e perda de peso. Caso não seja tratada, a condição tem o potencial de progredir para estágios mais graves, prejudicando órgãos vitais e, em último caso, levando à morte do animal”, explica.  

 

A especialista destaca a importância de consultas regulares com veterinários, especialmente durante os meses mais quentes. A realização de exames de sangue específicos, por exemplo, pode detectar a presença de microfilárias antes mesmo dos sintomas se manifestarem, permitindo um tratamento precoce e eficaz. 

 

Além dos exames como medida preventiva, a administração regular de medicamentos preventivos prescritos por veterinários é crucial para proteger os animais contra a doença, “tais como vermífugos e repelente adaptados para pets oferecendo uma maior proteção”, comenta.  

 

Outra recomendação para evitar a propagação da doença é evitar áreas propícias à presença de mosquitos ou com acúmulo de água parada. “Geralmente, é nestas áreas que os mosquitos colocam seus ovos. Manter os animais distantes desses lugares diminui de maneira substancial a probabilidade de exposição ao parasita”, conclui a especialista.