A asma é uma doença heterogênea caracterizada por uma inflamação crônica das vias aéreas, cujos principais sintomas são tosse, sensação de chiado no peito, fôlego “curto” e falta de ar.  Segundo o Ministério da Saúde, é estimado que 23,2% da população brasileira conviva com asma. Com a população brasileira de 214,3 milhões, estima-se que mais de 49 milhões de pessoas têm a condição.

 

Já a alergia é a reação exagerada e equivocada do nosso sistema imunológico contra alguma substância inofensiva. Dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) mostram que até 30% das pessoas no Brasil possuam alguma alergia. “As alergias podem ser divididas em respiratórias, de pele e doenças alimentares. A depender de alguns fatores como idade podem ser mais incidentes ou não, a exemplo das doenças respiratórias e alimentares que acontecem mais na primeira infância”, destaca a alergista e imunologista Patrícia Rodrigues Ferreira Marques, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia.

 

Neste ano, o dia que ressalta ambas as doenças coincidiu. A primeira terça-feira do mês de maio é lembrada como o Dia Mundial de Combate à Asma e o Dia Nacional de Prevenção da Alergia – em 7 de maio. Outro ponto que une essas enfermidades é que a asma mais comum é a alérgica, que pode ser desencadeada por inalação de alérgenos, como poeira, ácaros, mofo e também a asma causada por agentes irritantes, fumaça, produtos de limpeza, perfume, entre outros.

 

“Os estudos científicos indicam que nossas vias aéreas são compostas de mucosas muito semelhantes. O paciente que tem doença inflamatória alérgica pode ter rinite, asma, dermatite e ou conjuntivite alérgica”, explica a alergista Patrícia Marques. “Como a asma é uma doença que tem componente genético, pessoas de qualquer idade podem ser acometidas. Existem peculiaridades de cada faixa etária”, completa a especialista.

 

Sobre a prevenção da asma alérgica ela orienta. “O paciente com asma, por ser doença inflamatória crônica, deve ser orientado a fazer a higiene do ambiente onde vive e evitar contato com locais poluídos ou com fumaça. As aglomerações de pessoas também podem aumentar o risco de infecção para eles”, salienta. A imunologista detalha que a intensidade da doença vai influenciar a forma de tratar. “Uma avaliação médica irá detectar qual a gravidade, a qual é levada em consideração para o tratamento medicamentoso que podem ser corticoide tópicos, broncodilatadores e até imunobiológicos”.