Apartamentos de menor metragem viram tendência no Jardim Goiás

Nos últimos anos as famílias têm passado por uma reorganização familiar. E com isso o número de casais que, conscientemente, não querem ter filhos vem aumentando. No Brasil, 37% das mulheres em idade fértil não querem ter filhos. No mundo o índice chega a 72%, é o que aponta uma pesquisa global realizada pela farmacêutica Bayer, com apoio da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia e do Think about Needs in Contraception (TANCO).

Com essa redução das gerações a tendência é que o mercado imobiliário adeque seus lançamentos para essa nova realidade. É o que se percebe no bairro Jardim Goiás, que na primeira e segunda década dos anos 2000 passou por uma explosão imobiliária após a inauguração do Parque Flamboyant. A maior parte das unidades era de três ou quatro quartos. De 2021 para cá, o bairro voltou a passar por uma onda de lançamentos e, nesta nova fase, apartamentos menores passaram a estar mais presentes nas ofertas para o bairro. Segundo dados de pesquisa da Brain, em 2021, 72,61% dos lançamentos no Jardim Goiás foram de um ou dois quartos.

Seguindo este movimento, a GPL Incorporadora, que lançou no Jardim Goiás o Natúria Parque Flamboyant, com unidades com metragens 65 m² a 149 m², sendo a maioria de 2 quartos (65 metros quadrados), 3 suítes americanas (88 metros quadrados) ou três suítes plenas (108 metros quadrados). Das 165 unidades, apenas oito terão metragem maior, com 149 metros quadrados.   “Nós fazemos um estudo de mercado para sempre entregar o que está sendo procurado com qualidade. E recentemente, o apartamento de sessenta e cinco metros quadrados, tem sido muito procurado aqui na região do Jardim Goiás”, observou o gerente comercial e marketing da incorporadora, Eloy Pinheiro

O  arquiteto e urbanista, Thiago Siquieroli, que foi conhecer o projeto e o decorado do Natúria no dia do lançamento, notou a mudança do mercado imobiliário. “Com homens e mulheres no mercado de trabalho, houve esse aumento da busca por praticidade, fazendo com que as pessoas não queiram mais se preocupar em chegar em casa e ainda ter que manter um grande apartamento. Também houve redução da contratação por empregadas domésticas, fazendo com o que os proprietários sejam os responsáveis pela limpeza do imóvel, aumentando ainda mais a preferência por apartamentos menores. Sem falar na redução do número de filhos por casal, o aumento de pessoas solteiras e divorciadas. Então, tudo isso faz com que as pessoas queiram investir em apartamentos menores, mas de qualidade”, disse.

A servidora pública, Flávia Caetano, que também visitou o estande do Natúria Parque Flamboyant aprovou a proposta. “Esse é um bairro muito desejado, porque é uma região muito arborizada, e eu sei da qualidade dos empreendimentos da GPL, que já tem um histórico de qualidade. Então, estes fatores despertaram o meu interesse, pois queremos morar com qualidade, segurança e conforto, sem precisar estar em um apartamento extremamente grande”, elogiou.

O lançamento de apartamentos menores segue um movimento nacional. Um estudo do Sindicato da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), mostrou que as unidades de dois quartos estão no ranking dos lançamentos de construtoras e incorporadoras, independente da classe social do cliente para o qual o imóvel é destinado. Isso mostra que os apartamentos com 2 quartos tem se tornado uma tendência no mercado, pois essa tipologia consegue alocar perfeitamente diferentes tipos de famílias, com ou sem filhos e até mesmo o público solteiro. Em São Paulo, os apartamentos estão diminuindo a cada ano. Estudo do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP) mostrou que, entre 2016 e 2022, os imóveis lançados na cidade ficaram 20 metros quadrados menores.