Conjuntivite é mais comum no carnaval do que se imagina

 

Faltando poucos dias para o carnaval e um alerta volta a despertar a atenção e o cuidado com a saúde. No período, é comum a aglomeração de pessoas e com ele a incidência de algumas doenças, a exemplo da conjuntivite.

Conforme orientações do médico oftalmologista, do Instituto Visy, Fernando Pacheco Veríssimo, nesse período há um maior número de casos da infecção. “Além das altas temperaturas onde os raios ultravioletas abaixam a imunidade, há uma falta de cuidado com a higiene, já que as pessoas lavam pouco as mãos, e por aumentar o contato com diversas outras pessoas – podendo muitas já estarem infectadas e passarem a doença até mesmo através de um aperto de mão”, afirma.

Segundo o médico, o calor, os locais muito cheios e abafados, o excesso de sol, os banhos de mar e piscina acabam contribuindo bastante para a doença aparecer.

Uma inflamação na membrana que recobre os olhos. Essa é a conjuntivite. Bastante comum na primavera, ganha destaque também no verão, quando a incidência da doença chega a 80%. Apesar de atingir a conjuntiva (membrana que reveste o “branco” do olho), pode causar alterações na córnea e nas pálpebras.

O oftalmologista alerta que a doença é altamente contagiosa, principalmente nos primeiros dias de sintomas. “É fácil identificar que o que está acontecendo possa ser uma conjuntivite quando os olhos ficam lacrimejando, vermelhos, pálpebras inchadas com sensação de que tem algo arranhando como cisco ou areia, coceira, fotofobia, visão borrada, pálpebras grudadas quando a pessoa acorda, secreção purulenta (conjuntivite bacteriana) e secreção esbranquiçada (conjuntivite viral)”, lista os sintomas.

“São vários os tipos de conjuntivites, sendo as mais comuns: a viral, a bacteriana, a química e a alérgica”, aponta Fernando. As infeciosas podem ser viral ou bacteriana. Isso significa que a doença pode ser causada por uma bactéria ou vírus, podendo ser tratadas com medicamentos locais. Já a alérgica, é desencadeada a partir do contato com um fator alergênico. Mofo, poeira, pelos de animais ou ainda alguma intoxicação alimentar podem levar a esse quadro. Já a conjuntivite química é causada por contato direto com algum agente químico, que pode ser algum colírio medicamentoso ou produtos de limpeza ou até mesmo cosmético.

Algumas medidas simples são importantes para evitar a contaminação de outras pessoas, além de evitar que a doença evolua. “Enquanto os sintomas persistirem, o paciente deverá adotar cuidados como não coçar os olhos, lavar as mãos várias vezes ao dia ou sempre que colocar a mão no rosto, não frequentar piscinas ou praias, não compartilhar maquiagens ou objetos como toalhas e travesseiros;, usar óculos de sol e chapéu, não passar maquiagens e não usar lente de contato”, adverte.