Os termômetros próximos da casa dos 30°C seguem impactando no consumo de energia elétrica, em Goiás. Desde que o ano começou a Equatorial Goiás identificou que os clientes têm usado mais os equipamentos eletroeletrônicos dentro de casa, o que provoca um aumento dos números na área de concessão da distribuidora.A média de consumo de energia residencial está 17% maior nesse ano de 2024 quando comparado com os mesmos meses de 2023. Em Goiás, o consumo médio residencial no primeiro bimestre de 2023 foi de 173 kWh por instalação. Já em 2024, a média de consumo no mesmo bimestre foi de 203 kWh.
O executivo de Faturamento da Equatorial Goiás, Marcos Aurélio Silva, afirma que o aumento no consumo este ano comparado com 2023 se deve, principalmente, pelas temperaturas elevadas. “O calor provoca o aumento no consumo de energia em função dos equipamentos refrigeradores e gera fortes mudanças nos hábitos de consumo, como uso maior de ar-condicionado e ventiladores, assim como maior consumo de alimentos e bebidas refrigeradas”.
Uma nova onda de calor, a terceira do ano, afetou esta semana várias regiões do país e como consequência provocou sobrecarga na rede elétrica nos estados. O Instituto Nacional de Meteorologia emitiu um alerta para essas elevações nas temperaturas pelo Brasil. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, a onda de calor acontece quando a temperatura máxima fica 5ºC acima da média. Em Goiás, municípios do extremo sudoeste, como Caçu e São Simão, apresentaram temperaturas mais elevadas que o normal para o período, segundo o Cimehgo.
O Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás diz que a combinação de calor e umidade pode gerar inclusive áreas de instabilidade e provocar chuva com risco potencial para tempestades isoladas. Os temporais podem vir acompanhados de raios e rajadas vento acima de 60km/h, podendo provocar alagamentos e quedas de árvores.
A Equatorial lembra que essas condições climáticas adversas, associadas ao aumento do consumo, provocam desarmes nos disjuntores de entrada de prédios, condomínios e mesmo de residências que não estão dimensionados para esse crescimento no consumo de energia. Por isso, é importante que o cliente esteja atento à sua rede interna, que é de sua responsabilidade.
A distribuidora segue intensificando ações de recuperação da rede em todo estado. Os trabalhos fazem parte de um extenso cronograma de podas, limpezas de faixas, troca de equipamentos antigos por novos, mais modernos e eficientes, inaugurações de subestações e modernização de todo sistema elétrico do estado. Os esforços são ininterruptos para garantir maior confiabilidade da rede principalmente durante ondas de calor e tempestades.
Economia
Nesse momento, a concessionária recomenda cautela e consumo consciente, para que o cliente não se surpreenda com o valor da conta de energia. Isso porque o uso de equipamentos como ar condicionado e ventilador se torna cada vez mais frequente. Além disso, aparelhos refrigeradores, como geladeira, freezer e bebedouros, naturalmente consomem mais energia, pois os compressores precisam ser acionados com mais frequência para manter a temperatura para a qual estão programados. É preciso atenção e uso moderado para que não haja susto na hora de pagar a conta de energia.
Marcos Aurélio orienta que para economizar energia os clientes devem adotar novos hábitos de consumo. “Medidas simples, como reduzir a temperatura do chuveiro, evitar usar o micro-ondas para descongelar alimentos e abrir a geladeira com menor frequência podem impactar significativamente no valor da conta. Também é importante verificar as instalações internas da residência periodicamente, pois instalações antigas, com fios velhos ou muitas emendas, causam desperdício de energia e podem até causar incêndios”, completa.
Abaixo, algumas orientações que podem ajudar a economizar nesta época de calor:
Ar-condicionado:
– Ao adquirir novos equipamentos, escolha os modelos mais econômicos, com selo Procel de eficiência energética com classificação A, a mais econômica.
– Evite entrada de sol no ambiente refrigerado e instale a unidade externa do aparelho (condensadora) em local com boa circulação de ar.
– Ajuste a temperatura para 23°C ou mais. As temperaturas mais baixas podem não ser alcançadas e fazer o aparelho trabalhar o tempo todo em potência máxima.
– Mantenha os filtros de ar limpos, bem como as grades de troca de calor da unidade externa (condensadora).
– Compre o equipamento com potência adequada ao tamanho do ambiente onde pretende instalá-lo.
– Um aparelho do tipo split, com potência entre 10.000 e 15.000 BTU’s, usado 8 horas por dia, consome em média 194 kWh no mês, que pode corresponder a mais de R$ 160,00 na conta de energia. Em períodos de condições extremas, como agora, o impacto na conta de energia pode ser bem maior.
Geladeiras, freezers, adegas e cervejeiras:
– Evite abrir os equipamentos com frequência, pois o ar quente exige mais energia para resfriar e atingir novamente a temperatura ajustada.
– Instale o aparelho em um local bem ventilado, longe do fogão, aquecedor e áreas expostas ao sol.
– Limpe a grade traseira da geladeira periodicamente. A gordura e sujeira que acumula nessa grade dificulta a troca de temperatura e provoca maior gasto de energia. Faça a limpeza com o equipamento desligado da energia e seguindo as orientações do fabricante.
– Faça revisões periódicas, com profissionais capacitados, das borrachas de isolamento das portas e sensores de temperatura, para evitar consumo excessivo.
– Organize os alimentos para que você possa encontrar o que você precisa rapidamente.
Chuveiro elétrico:
– Teste a temperatura da água com a chave de temperatura como “desligada”. A temperatura na caixa d’agua pode ser suficiente para um banho confortável.
– Tome banhos rápidos e, se possível, com a chave de temperatura na posição “verão”, o que pode reduzir o consumo em até 30%.
– Feche a torneira para se ensaboar.
Sobre a Equatorial Goiás
A Equatorial Goiás é uma empresa que pertence à holding Equatorial Energia, 3º maior grupo de distribuição de energia do País, com 7 concessionárias que atendem cerca de 13 milhões de clientes. Somente em Goiás são cerca de 3,5 milhões de clientes, localizados em 237 municípios do Estado e abrangendo 98,7% do território estadual, com cobertura de uma área de 336.871 km².