Equipe goiana fica em 8º lugar na Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) etapa nacional

Goiás está fazendo história na Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). Na etapa nacional da competição de 2022 que aconteceu na semana última semana em São Bernardo do Campo, SP, quatro equipes goianas, sendo duas de nível 1 e duas de nível 2, representaram o estado com maestria. Mas somente a Ipetrônic, do Colégio Lassale|Jumper Robótica ficou entre as dez melhores equipes do país, com a colocação de 8º lugar na competição.

 

A equipe de garagem formada exclusivamente por meninas desbancou outras 40 equipes (nível 2) e ainda levaram o prêmio Maker Nacional, com o robô Batatinha, montado com peças da própria equipe. As estudantes Sofia Pereira, Rebecca Draschi e Maria Fernanda Nascimento, alunas do Colégio Lassale, em Goiânia (as duas últimas são ex-alunas), se classificaram em 1º lugar na etapa estadual que aconteceu em agosto. O campeonato reuniu cerca de 2500 inscritos dentre alunos do ensino fundamental e médio de escolas públicas e privadas de todo o Brasil.

 

Para o professor Walisson Águas, sócio fundador da Jumper Robótica Educacional e responsável pelas aulas de programação e robótica no Colégio Lassale há seis anos, foram anos de treinamento até chegar na etapa nacional da OBR. “Nos classificamos em 1º lugar na etapa estadual e chegar em 8º lugar dentre as melhores equipes do país é motivo de sobra para comemorarmos. Representa um marco importantíssimo, visto que conseguimos o melhor resultado de uma equipe goiana na competição”, ressalta o professor Walisson Águas e técnico da equipe.

 

De acordo com a coordenadora pedagógica Meigna Ferreira, as aulas de robótica na grade educacional possibilitam o uso de diversas linguagens em prol de aprendizagens mais significativas, uma vez que oportunizam aos estudantes a pensarem (e agirem) de forma colaborativa, crítica e criativa. “Eles (os estudantes) atuam como protagonistas pensando no bem-estar da comunidade, o que deveria ser uma das missões das instituições de ensino. Por isso, valorizamos e acreditamos em propostas inovadoras como a da robótica”, acrescenta Meigna.

 

Segundo Sofia Pereira, aluna do 9º ano e a integrante mais jovem da equipe, foi a realização de um sonho chegar em 8º lugar na classificação geral depois de cinco anos participando diretamente da olimpíada. “Programar um robô autônomo e competir com pessoas de todo o Brasil é incrível. Foi uma responsabilidade enorme representar Goiás e sermos as únicas a trazer um prêmio para Goiás dentre as equipes goianas, desabafa.

 

Para Ricardo Franco, professor do Instituto de Informática da Universidade Federal de Goiás e representante da OBR no estado, apoiar os professores, que são os técnicos das equipes, é essencial para o sucesso atingido na etapa estadual da OBR em Goiás e, consequentemente, na etapa nacional da OBR 2022. “O professor está presente com os alunos todo o ano na fase de preparação. E reconhecer essa importância nos deixa mais animados para realizar a etapa estadual da OBR de Goiás em 2023 ainda melhor”, ressalta o coordenador.

 

 

A competição

 

A Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) é um evento sem fins lucrativos voltado para o ensino da Robótica e da Inteligência Artificial para estudantes do ensino fundamental, médio e técnico. A etapa nacional da OBR 2022 reuniu as melhores equipes de robótica de todos os estados do país. As equipes deveriam atingir os mesmos objetivos da etapa estadual de resgatar vítimas em uma situação de desastre utilizando robôs autônomos, porém, agora com maior grau de dificuldade nas arenas e percursos.

 

Para Ricardo Franco, coordenador da competição no estado, a organização estadual da OBR em Goiás se orgulha dos resultados atingidos pelas equipes goianas no primeiro campeonato presencial pós-pandemia. “O trabalho e a dedicação de todas as equipes é de se orgulhar, afinal, são alunos de nível fundamental, médio e técnico que estão aplicando conhecimentos básicos de matemática, física, por exemplo, em conhecimentos avançados e aplicações reais, como a robótica e o resgate de vítimas. Todos os pais, mães, professores e, principalmente, os estudantes que participaram do evento merecem nossa saudação”, ressalta.

 

A OBR possui as modalidades Prática e Teórica, que procuram adequar-se tanto ao público de escolas que já têm contato com a robótica educacional quanto ao público que nunca viu robótica. Na etapa Prática a ideia é que os alunos, com a orientação do professor, desenvolvam um robô para superar diversos tipos de desafios e que no final resgate vítimas (representadas por bolinhas pretas/mortas e prateadas/vivas) para assim ajudar em possíveis desastres