Polícia Civil prende em flagrante suspeito de maltratar e explorar financeira os próprios pais, em Goiânia

Polícia Civil prende em flagrante em Goiânia, nesta terça-feira (10/01), um homem, 52 anos de idade,  suspeito de maltratar e explorar financeira seus pais, a mãe,   87 anos, e o pai, 92 anos.

Segundo a Polícia, a ação foi realizada após notícia anônima ofertada pelo disque denúncia da Deai.

Segundo a Corporação, equipe multidisciplinar da especializada (formada por policiais, uma psicóloga e uma assistente social) realizou diligência até a casa dos idosos, onde o casal foi encontrado em situação de extrema precariedade e abandono. A casa estava muito suja, os idosos sem alimentação adequada e com restos de alimentos na geladeira, que exalava forte odor de podridão.

A idosa, cadeirante, encontrava-se acamada e molhada de urina. Ao ver os policiais, pediu por ajuda o tempo todo, suplicando por água, comida e para ser levada ao hospital, clamando de dores no corpo. Ao ser questionada se recebia alimento do filho, alegou que era alimentada apenas com bolachas, mas que não conseguia degluti-las. O idoso, por sua vez, apresentou desnutrição, palidez, além de estar com as vestes sujas.

Segundo a Polícia, no quarto do autor havia um facão, um punhal, e um porrete de madeira, além de vários objetos góticos. Ademais, foram encontrados dentro de um copo no armário do ambiente os cartões bancários dos idosos, além de documentações demonstrando que mais de 10 empréstimos foram realizados nas contas das vítimas.

Os policiais solicitaram ajuda do Corpo de Bombeiros para encaminhar a idosa ao hospital devido seu estado de desidratação, desnutrição e uma escara próximo à nádega, o que também foi feito em relação ao idoso.

Na ocasião do resgate, a equipe de bombeiros se emocionou quando viu a idosa pedir comida. A Sargento BPM Kamila providenciou um prato de mingau para a idosa, que comeu como se há dias não tivesse se alimentado.

O autor foi autuado pelos delitos de maus tratos e exploração financeira, cujas penas somadas ultrapassam cinco anos de reclusão.