A Delegacia de Aragoiânia/16ª DRP concluiu nesta nesta sexta-feira (16/06), as investigações sobre o caso de abuso sexual envolvendo o Vereador da cidade de Aragoiânia, Leandro Braz da Silva, e uma adolescente de 17 anos de idade.
A vítima (17 anos), era amiga e colega de colégio da filha do vereador, e dia 06 de junho a filha do parlamentar municipal convidou a vítima para dormir em sua residência.
Conforme a Polícia, na madrugada do dia 07 de junho de 2023, o vereador se deslocou até o sofá da sala (local onde a adolescente dormia) e tocou em suas partes íntimas, posteriormente o suspeito obrigou a vítima a masturbá-lo. “Ainda no dia 07 de junho, a vítima bastante abalada, não logrou êxito em retomar as suas atividades rotineiras, posto que não conseguiu ir para o colégio, e começou a chorar bastante, quando então confidenciou para familiares a situação de abuso sexual que havia sofrido”. Disse a PC
A família da adolescente procurou a Polícia Civil que de imediato já iniciou a investigação, “inicialmente foi realizado exame médico pericial na vítima, demonstrando que a adolescente não tinha vida sexual ativa, o que comprova a quão traumática foi a situação pela qual passou”, afirma a PC
De acordo com a Polícia, também foram extraídas as conversas de Whatsapp do aparelho celular da vítima, onde se chegou à conclusão que não havia nenhum clima de romance entre ela e o parlamentar, e a adolescente sempre que se dirigia ao vereador era de maneira formal.
A Polícia afirma, na manhã seguinte ao fato em questão, o vereador mandou mensagem para a vítima perguntando: “NINGUÉM MECHE NO SEU CELULAR NÃO” quando a adolescente respondeu que não. Em ato contínuo o parlamentar mando a seguinte mensagem: “CUIDADO VIU TENHO MEDO”.
Durante seu interrogatório, o investigado negou que tenha tido qualquer contato lascivo com a vítima, mas não conseguiu apresentar nenhum motivo para que a vítima estivesse mentindo.
Conforme a Polícia, gravações que comprovam que antes de a família denunciar o fato, pessoas ligadas ao vereador (ex. esposa e compadre) procuraram a família da vítima, com a intenção de fazerem algum tipo de acordo, sendo também negado pelos familiares. Tal elemento de convicção demonstra a espontaneidade e busca por JUSTIÇA da notícia do crime, sem nenhum outro interesse.
A PC, descartada a motivação política da acusação, porquanto a vítima e seus familiares faziam parte da base política do vereador.
A Polícia afirma, que com a conclusão do inquérito policial, o Vereador foi indiciado pelo crime de importunação sexual (pena de 1 a 5 anos). No relatório final também foi feita representação de medidas cautelares (para que o indiciado não se aproxime da vítima e nem mantenha qualquer tipo de contado), além de se determinar o envio de cópias integrais dos autos para a Câmara Municipal de Aragoiânia.